Fases do amor:

Queremos conhecer,
aquela linda pessoa,
que o que nos vai fazer,
é meter-nos à toa!

Depois conhecemos,
e ficamos descontrolados,
depois de as vermos,
ficamos mais apaixonados!

Sentimos aquele fogo dentro de nós,
aquela adrenalina,
porque não queremos ficar para sempre a sós,
e por isso será sempre a nossa menina!

Depois quando já a temos,
sentimos que somos sortudos,
até que um dia a perdemos,
e depois de repente ficamos mudos!

Passamos lentamente do amor,
rapidamente ao ódio,
e ambos carregam agora com a dor,
porque já não estão no pódio!

Acordo e adormeço:

Desde que acordo,
até adormecer,
és tu quem recordo,
e quem me faz sofrer!

Começa a escorrer pela cara,
umas gotas de água,
o tempo só pára,
quando acabar a mágoa!

De tanta tristeza,
no nosso coração instalado,
só nos traz pobreza,
e nos deixa um bocado!

Um bocado daquilo,
de que nada nos serve,
mas por vezes é bom senti-lo,
para vermos que ás vezes também ferve!

Mas nada resulta,
por muito que lutemos,
por vezes a luta,
faz com que paremos!

Deixa-nos de rastos,
e vamos dormir,
ficamos demasiado gastos,
e por isso deixamos essa pessoa ir!

Quem sabe:

De muitas as flores,
eu escolhi a mais bonita,
de tantos amores,
tu foste a que fez mais fita!

Foste a minha rosa,
e foste o meu girassol,
foste a amorosa,
e foste o meu sol!

Com tanto para explicar,
deixei-te fugir,
tive que largar,
e deixar-te partir!

Porque perdíamos o ar,
quando estávamos unidos,
mas ambos tínhamos que parar,
pois já estávamos perdidos!´

Quem ganhou ninguém sabe,
quem perdeu ninguém irá saber,
mas à quem se gabe,
daquilo que nunca há-de ter!

Porque vai contar uma mentira,
e vai sentir-só,
uma mentira que é feia e não gira,
e que mais tarde irá ganhar pó!

Aventura:

Vim num avião,
à tua procura,
não fui o vilão,
nesta aventura!

E até estava a ser giro,
até que o pneu fura,
e agora para onde viro,
vou aterrar na amargura!

Já me despenhei,
e agora o que faço,
o que será que eu farei,
sem um único abraço!

Tenho que arranjar maneira,
de sair desta confusão,
porque estou à beira,
de um ataque de coração!

Já enfrentei um penhasco,
e já abracei a morte,
já estive por um fiasco,
mas ao meu lado esteve sempre a sorte!

Que nunca me largou,
e ainda anda em busca,
do amor que murchou,
mas em que tu és a cusca!

E é graças a isso que vou escapar,
deste sítio amaldiçoado,
e por fim irei abraçar,
a ti que me deixaste abandonado!

Um passeio:

Segui outro rumo,
fui por outro caminho,
vi o fogo e o fumo,
mas continuei sozinho!

Decidi por ali passar,
fiquei curioso,
decidi ir lá espreitar,
não fiquei preguiçoso!

Mas nada aconteceu,
era apenas um espaço normal,
a terra não tremeu,
e ficou tudo igual!

Só havia muito pó,
e estava tudo estranho,
apenas estava eu só,
a ver aquele lindo rebanho!

Aquele lá ao longe,
que eu via na minha imaginação,
em que não havia pastor mas sim um monge,
a acalmar a sua alma e coração!

Eu via tudo a tremer,
tinha a visão ofuscada,
não conseguia ver,
a minha alma andava preocupada!

Mas tudo acabou por se resolver,
a minha mente criou uma partida,
só me queria meter a crescer,
e queria mostrar a razão da vida!

Fugir:

Porque pensam sempre em fugir,
isso não é solução,
porque estão sempre a desistir,
de qualquer situação!

Será isso o melhor,
penso que não,
mas por vezes para evitar o pior,
temos que seguir o coração!

Não é que não exista determinação,
mas ás vezes é preciso parar,
levar a imaginação,
para outro lugar!

Onde exista mais espaço,
só apenas para nós,
onde cada passo nosso,
nos guie a uma nova voz!

Voz essa que será explorada,
onde a vamos ter que a bombear,
para que volte a ser guiada,
para não perdermos o ar!